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Brasil Políticos repudiam

Criança não é mãe, estuprador não é pai

Bancada do PSOL "vai pra cima" de juiza em um dos maiores escândalos do Brasil contra uma criança de 11 anos

25/06/2022 19h05
Por: Redação Fonte: Redação
Partido PSOL dá belo exemplo de como proteger os direitos de uma criança, ao contrário da polêmica juíza
Partido PSOL dá belo exemplo de como proteger os direitos de uma criança, ao contrário da polêmica juíza

Finalmente, a Justiça de Santa Catarina determinou, na terça-feira (21), que a menina de 11 anos volte a morar com a mãe. Por decisão de uma juíza, essa criança estava em um abrigo há mais de 40 dias, separada da família, para que não tivesse acesso ao aborto legal.

No entanto, à juíza, Joana Ribeiro Zimmer, não coube, até agora, responsabilização por impor a uma criança, grávida, o afastamento de sua mãe e a impossibilidade de interromper a gestação após um estupro. O episódio, denunciado pelo Intercept Brasil, repercutiu nos últimos dias, gerando a mobilização #CriançaNãoÉMãe e #EstupradorNãoÉPai.

Agora, a magistrada deixou o caso pois foi recolocada em outro município, graças a um concurso interno que a promoveu, feito antes do caso se tornar público. Mas o fato de Joana Ribeiro Zimmer deixar o caso, bem como a determinação da Justiça de Santa Catarina em permitir o retorno da menina ao seu lar, não são suficientes para reparar o dano e a violência a que a criança foi submetida.

A bancada do PSOL na Câmara, assim que tomou conhecimento do caso, entrou com representação no Conselho Nacional de Justiça e no Ministério Público Federal contra Joana Zimmer.

No documento em que pede que o CNJ apure a conduta da juíza e também da promotora do caso, os parlamentares apontam a ilegalidade da decisão de Ribeiro de negar o aborto legal com a justificativa de que o Ministério da Saúde só autoriza o procedimento até a 22ª semana – o que não é verdade.

Eles destacaram que a juíza usou a orientação do ministério “para sustentar uma posição que sabidamente não é legal, constrangendo, revitimizando e colocando em risco a integridade física de uma criança vítima de violência sexual com o intuito proteger um feto com baixa viabilidade de sobrevida”.

Os deputados também frisam a decisão de Ribeiro de manter a criança em um abrigo para evitar que ela fizesse o aborto legal, e afirmam que a juíza “tratou uma criança vítima de estupro como mera incubadora do feto que trazia consigo”. A manutenção da menina no abrigo com esse fim se enquadra no crime de abuso de autoridade, previsto na lei 13.869/2019.

“Toda a sociedade deve repudiar o que Joana Zimmer fez no caso dessa menina de 11 anos, que estava grávida sendo vítima de estupro. A juíza é responsável por diversas torturas dessa criança, que nem capacidade física para desenvolver uma gestação tem. Quem deveria fazer justiça acaba sendo amparado pela lógica de barbárie em curso no Brasil e promovida pelos conservadores que se encodem atrás do debate anti-aborto. Queremos que Joana seja afastada de suas funções ”, declarou a deputada Sâmia Bomfim, líder da bancada do PSOL.

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